quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Cinco ônibus são incendiados em Costa Barros
30.12.09 às 15h26 > Atualizado em 30.12.09 às 18h19
Traficantes incendeiam ônibus na Zona Norte em represália à morte de bandidos
POR LUARLINDO ERNESTO
Rio - São pelo menos cinco o número de ônibus incendiados, na tarde desta quarta-feira, nas proximidades do Morro da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio. De acordo com testemunhas, os bandidos retiraram os passageiros do ônibus antes de colocar fogo nos veículos. Ninguém ficou ferido. O policiamento na região foi reforçado com carros blindados da Polícia Militar para evitar mais ataques.
A ação seria coordenada por traficantes da localidade em represália à morte de um bandido na parte da manhã, quando policiais militares do 9º BPM (Rocha Miranda) trocaram tiros com um grupo de cinco bandidos. Durante a ação, uma metralhadora e drogas foram apreendidas.
Um grupo de bandidos iniciou o confronto e fugiu assim que um dos comparsas foi baleado. O homem, ainda não identificado, foi levado em estado grave para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu aos ferimentos.
No início da tarde, alguns homens pararam uma kombi que passava pela avenida pastor Martin Luther King e colocaram um homem ferido dentro, com a ordem de que ele fosse levado para o hospital, onde já chegou morto.
De acordo com a CBN, o Metrô Rio informou que o tráfego de trens na Linha 2 não foi alterado por conta dos confrontos, mas a segurança foi reforçada na estação Rubens Paiva, na Zona Norte.
Cinco ônibus são incendiados em Costa Barros
Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
Ônibus são incendiados em Costa Barros, na Zona Norte do Rio
Publicada em 30/12/2009 às 22h35m
Gustavo Goulart e Arquivo O Globo
Foto: Mônica Imbuzeiro
RIO - Cinco ônibus foram incendiados por moradores do Morro da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio, no fim da manhã desta quarta-feira. Os veículos foram atacados na Avenida Martin Luther King, antiga Automóvel Club. Não houve feridos. Os ônibus ainda estão sendo retirados do local, e o trânsito ficou complicado na Avenida Brasil. O motivo dos ataques foi uma operação policial ocorrida mais cedo no morro, onde três homens foram mortos. Uma metralhadora também foi apreendida durante a ação da polícia, que levou a arma para a delegacia de Rocha Miranda.
Os policiais foram à comunidade investigar uma denúncia sobre a existência de carros roubados. Dois traficantes baleados durante o tiroteio foram socorridos no Hospital Carlos Chagas, mas não resistiram. O teceiro bandido morreu ainda dentro da favela. Até o início da noite, havia a suspeita de que uma dona de casa moradora do morro havia morrido vítima de uma bala perdida durante o tiroteio entre bandidos e PMs. O comandante do 9 BPM, tenente-coronel Edvaldo Camelo, negou que tenha havido vítimas de bala perdida.
Dois dos ônibus incendiados eram da Viação Pavunence, linha 687 (Méier-Pavuna); outro era da Viação Real, linha 778 (Penha-Madureira); um quarto ônibus era empresa Flores, linha 715 (Jardim Redentor-Cascadura); e o último da empresa Erig, linha 942 (Penha-Pavuna).
No dia primeiro deste mês, bandidos incendiaram um ônibus da linha 127(Rodoviária- Copacabana), da Viação Real, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no trecho entre as ruas Rainha Elizabeth e Joaquim Nabuco. A ação foi uma represália à ocupação do morro Pavão-Pavãozinho para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
Em outubro, traficantes atearam fogo num ônibus da empresa União, na favela Nova Jerusalém, em Gramacho , Baixada Fluminense. Segundo policiais do 15º BPM (Duque de Caxias), homens armados com pistolas e granadas cercaram o coletivo e mandaram os passageiros, motorista e trocador descerem. O crime teria sido uma retaliação à morte de dois bandidos durante uma troca de tiros com PMs na Favela da Geruza. Uma criança foi atingida por uma bala perdida no confronto.
Um mês antes, quatro bandidos sequestraram um ônibus da viação Paranapuan e colocaram fogo no veículo, na Maré. O ataque aconteceu na Linha Amarela, próximo à entrada da Vila do João. O motorista foi obrigado a dirigir, com uma pistola apontada para sua cabeça, até o interior da Vila dos Pinheiros, onde o ônibus foi incendiado. Segundo a P2, as prisões e apreensões constantes ocorridas nas comunidades do Complexo da Maré podem ter provocado a represália do tráfico.
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