Prefeito afirma que, após esta fase de reformulação do transporte, objetivo é buscar integração com sistema intermunicipal
Evandro Oliveira/ PM
Os dois desenhos de ônibus da cidade, equivalentes aos lotes 2 (esq.) e 1
Eram seis da manhã deste sábado (6-11), quando um ônibus com destino ao Jardim Zaíra aportou numa das plataformas do Terminal Central de Mauá e, ao abrir suas quatro portas, alguns passageiros que o aguardavam aplaudiram. Era um ônibus zero quilômetro, de um novo modelo, inédito no ABC. Além do maior número de portas, esse modelo tem suspensão eletrônica e mais cadeiras para passageiros. A população, de cara, aprovou.
“Mauá é uma cidade grande e continua crescendo. Nós todos merecemos essa qualidade melhor”, disse Claudia Oliveira Ramos, de 39 anos, ela própria ex-cobradora de uma empresa de transporte. Voltando para o Zaíra após uma noite de festa, Claudia se deparou com os novos modelos e disparou: “quero entrar com orgulho no ônibus!”
É este tipo de orgulho da cidade que a Prefeitura está resgatando. A mudança deste sábado estabeleceu um novo modelo de operação do transporte. Nele, duas empresas exercitam uma concorrência que, pautada na lei, só pode trazer benefícios para a população.
Foi mais um passo na reformulação do Sistema Municipal de Transportes – mas não o último. “Agora a nossa luta é pela integração com as linhas intermunicipais”, afirmou o prefeito Oswaldo Dias, que vistoriou o terminal e acompanhou a operação. Ele lembrou que Mauá foi, há mais de seis anos, a segunda cidade da Grande São Paulo a ter o sistema eletrônico necessário para que linhas do município se integrem com as da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e com os trens metropolitanos. Essa integração, o já antigo projeto do bilhete único, o Estado ainda não concretizou. “Há ônibus que entram em Mauá e realizam o mesmo percurso das linhas municipais. Isso não tem lógica. Quando o passageiro toma um ônibus até o centro e, de lá, outro para uma cidade vizinha, ele tem mais veículos disponíveis.”
Um dos passos da próxima fase, já buscando a integração, é a troncalização de parte do sistema. Por meio dela, o usuário toma um ônibus pequeno, que passa perto de sua casa em intervalos pequenos, e, na principal avenida do bairro, toma um ônibus grande para o Centro, também com maior disponibilidade. “A troncalização deve ser efetuada ao longo das avenidas Castelo Branco e Barão de Mauá”, disse o Secretário de Mobilidade Urbana, Renato Moreira.
O contrato com as empresas concessionárias prevê que nenhum ônibus pode ter mais de oito anos de idade e que toda a frota tenha, no máximo, cinco anos. Mas, hoje, os 84 ônibus que começaram a circular na cidade eram todos novos. “São muito confortáveis. O fluxo para descer e para subir é enorme, e, como eles têm quatro portas, facilitam o embarque”, comemorou a farmacêutica Leila Leal Barros. Ela mora no Jardim Itapeva e trabalha no Zaíra. Ou seja: toma um ônibus do chamado lote 1 para o Centro e outro, do lote 2, para o trabalho. À tarde, faz o percurso inverso. “Vai ser bom perceber que todas as linhas da cidade melhoraram”, afirmou.
Já a doméstica Elisabeth Bezerra da Silva aproveitou o nome do novo cartão do sistema. “Foi uma mudança da hora!”, disse, com um sorriso. Os cartões antigos serão trocados pelo novo Cartão DaHora a partir de segunda-feira, no balcão instalado no Terminal Central. A troca acontecerá num espaço de três meses. Até lá, as linhas do lote 2 já aceitarão pagamento com o novo cartão, além de dinheiro e passes de papel. Já o lote 1 ainda aceitará o cartão antigo até o final do novembro, e também o dinheiro ou os passes.
As dúvidas, as reclamações e as sugestões poderão ser registradas pelo telefone 156 ou pelo 156 Eletrônico, neste site.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
Secretaria de Comunicação Social
06/11/2010 18:50
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